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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

AS ÁGUAS NA UMBANDA...



AS ÁGUAS NA UMBANDA


A água na Umbanda é um dos elementos naturais mais receptivos, com uma energia altamente a tratora e condutora, ela é utilizada principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias negativas, que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.

ÁGUA DO MAR

Ótima para descarrego e para energização, batida contra as rochas e as areias da praia, vibra energia, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais, principalmente sob a vibração de Iemanjá. Podemos ir molhando os chakras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença. No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando nosso corpo de energias sutis. Ideal, se realizado em mar com ondas. Saudemos Mamãe Yemanjá e todo o Povo do Mar.

ÁGUA DA CACHOEIRA

Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e nos livra de todas as impurezas. Ideal, se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol. Saudemos Mamãe Oxum e todo Povo d’água.

ÁGUA DOS RIOS E LAGOAS

Tem também grande propriedade curadora e equilibradora. Se o rio tiver pouco movimento, quase parado, assim como a lagoa ou mangue, essa água tem uma energia de cantadora e curadora. Saudemos Nanã Buruquê. Se o rio for bem movimentado com corredeiras, a energia da água é energética, equilibradora e reparadora. Saudemos Mamãe Oxum.

ÁGUA MINERAL

Água da pureza, do equilíbrio, da harmonização e da paz. Envolve nossos chakras desobstruindo-os e equilibrando- os. Utilizada para a fixação de fluidos espirituais transmitidos pelas Entidades de Luz. É uma água muito fácil de encontrar, por isso aproveitem esse Axé. Saudemos Oxalá.

ÁGUA DE POÇO

É excelente nos casos de doenças, tanto no corpo espiritual como no corpo astral, pois tem uma grande energia transmutadora. Essa água está em contato com a terra, que é o agente mais poderoso de regeneração física absorvendo a energia ruim da área afetada, colocando em seu lugar uma energia boa. A cura se processa graças a uma troca de energia devido a interação entre os componentes físico, químico e energético que a terra oferece. Saudemos Omolu e também Nanã.

ÁGUA DA CHUVA

É altamente energética e purificadora. É a água que entrou em estado de vaporização e absorve toda a energia do ar, quando novamente entra em outro estado de mudança e retorna ao estado liquido, caindo do céu sobre a terra. Por isso, é utilizada justamente nos momentos em que precisamos de mudança. A água da chuva é benéfica e pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai as vibrações negativas do local. Sendo ótima também para banhos de descarrego e limpeza de ambientes, pois é ela que limpa as ruas e as encruzas carregando todas as vibrações dos trabalhos arriados nesses locais. Saudemos Iansã, dona do tempo e das tempestades.

OGUM...



Este Orixá é provavelmente o deus Ioruba mais respeitado e temido. Extraiu das entranhas da Terra o ferro e com ele fabricou as armas, tornando-se o mais poderoso dos guerreiros. Conta uma de suas lendas que depois de muitos anos ausente, Ogum chegou em Ire, durante uma celebração, na qual as pessoas deveriam se conservar em silêncio absoluto. Como ninguém o havia saudado ou respondido suas perguntas, Ogum enfurecido, passou a despejar sua ira contra as pessoas e objetos que encontrava ao seu redor. Depois de muita destruição, seu filho apareceu e lhe esclareceu o fato.


Arrependido, Ogum lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Abriu um buraco com a ponta de seu sabre e desapareceu terra adentro. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A essas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.
Ogunhê Meu Pai...

terça-feira, 29 de setembro de 2015

SÃO MIGUEL ARCANJO PATRONO DA UMBANDA...

29/09 SALVE SÃO MIGUEL ARCANJO PATRONO DA UMBANDA.
SÃO MIGUEL ARCANJO E SUA DEVOÇÃO

Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos
São Miguel Arcanjo na Umbanda, conhecido como Alafé, “O 

Embaixador”. Sua fé é muito conhecida, e dia 29 de Setembro é o Dia do Santo. Às Sagradas Escrituras falam-nos,
De anjos agrupados em nove coros, a saber: Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e os Anjos, que por sua vez, constituem três hierarquias. A primeira hierarquia, os Serafins, Querubins e Tronos, têm por missão o serviço principal perante o Trono de Deus; a segunda hierarquia: Dominações, Potestades e Virtudes que têm por missão o serviço no espaço da Criação; e a terceira hierarquia: Principados, Arcanjos e Anjos, que têm por missão o serviço junto à humanidade na terra.
São João Evangelista, quando chegou à região de Colossos, fui muito bem recebido em sua pregação e vários abraçaram a fé. Nas suas exortações. São João falou sobre os anjos e anunciou-lhes que o Príncipe das Milícias Angélicas, o grande São Miguel, os tomaria debaixo de sua proteção e que, às portas da cidade. Brotaria uma fonte, onde os doentes, com o sinal da cruz e a invocação do Arcanjo São Miguel, encontrariam a cura de todos os males do corpo e da alma. A fonte apareceu e espalhou-se esse acontecimento por toda a região.
São Miguel apareceu a um rico cidadão da região da Frigia, que tinha uma única filha, que era muda, e disse-lhe em sonho: “Conduze a tua filha à fonte dos cristãos e crê na onipotência do seu Deus, que tua fé será recompensada”. Cheio de esperança, pai e filha foram à fonte e lá perguntaram aos cristãos o que deveriam fazer. Eles disseram: “É em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e pela intercessão de São Miguel que nós usamos desta água”. Assim fizeram e, no mesmo instante a menina começou a falar, despertando em ambos uns crescer da fé. Pediram o Batismo e em gratidão o homem mandou construir junto à fonte uma igreja.
Os sacerdotes dos ídolos, obstinados nos seus erros, resolveram destruir o santuário. Junto deste, passavam dois rios que eram contidos por diques. Numa noite ouviu-se um forte barulho das águas. Os pagãos tinham destruído os diques e brevemente o santuário ficaria submerso. O eremita, guardião do santuário, ao ver o que se passava, gritou: “Senhor, a Vossa Onipotência clamamos”. Enquanto ele rezava, ouviu-se uma voz vinda do céu. Era São Miguel que descia do Céu
As liturgias da Igreja Oriental comemoraram este acontecimento com missões e ofícios próprios no dia 6 de setembro.
Os judeus invocam São Miguel como seu protetor e defensor das Sinagogas. Nas festas da Expiação concluem suas orações dizendo: “Miguel, Príncipe da Misericórdia, ora por Israel”
Na Umbanda é São Miguel que lidera e coordena as falanges de Exu e Pomba-Gira, alguns dizem que por seu o Arcanjo da Guerra outros pela sua estreita relação com o Arcanjo Lúcifer o Anjo Caído.

Que Oxalá nos abençoe sempre


Saravá .’.

“O ATO DE BATER CABEÇA”...


                          “O ATO DE BATER CABEÇA”

• Dobalé = cumprimento feito por filho de santo cujo orixá (principal) dono da cabeça é masculino. Deita-se de bruços no chão (ao comprido) e toca-se o solo com a parte da frente da cabeça (testa).
• Iká = cumprimento feito por filho de santo cujo orixá principal é feminino. Deita-se de bruços no chão, toca-se o solo com a cabeça e, simultaneamente com o lado direito e depois com o esquerdo do quadril no chão (na nação Keto, as mulheres não tocam o chão com o ventre).
Dentro das tradições simbólicas nas religiões afro-brasileiras em geral, a ato de “bater cabeça”, ou seja, se prostrar com a testa no chão aos pés do Sacerdote ou da própria entidade a que se está cultuando é comum a quase todas. Mas afinal, o que significa ou envolve tal atitude?
O ato de “bater cabeça” carrega em si vários significados.
Das mais antigas tradições dos reinos teocráticos de todo o mundo, a relação com o chefe de governo era sagrada. Não se podia olhar nos olhos de seu rei ou de sua rainha. Em sua presença os súditos ficavam prostrados ao chão.
Os africanos vindos como escravos para o Brasil viviam, em África, nesse mesmo tipo de sociedade. Reinos e cidades-estados teocráticos. Mantinham relações totalmente sagradas com seus reis, rainhas, príncipes e princesas.
E tais relações eram de comum acordo, pois, por ser considerada sagrada, não necessitava de obrigatoriedade pela força. A própria relação com o sagrado predispunha os súditos ao respeito às leis. Ninguém contestava, salvo exceções, a legitimidade da autoridade por uma questão cultural de reconhecimento ancestral e religioso daquele ou daquela sacerdote.
Além da tradição social, existe a relação com a terra. Nosso “Ori”, ou seja, nossa cabeça, nossa mente tem como referência de sagrado a terra e não o céu. Da terra viemos e a ela voltaremos como diria o cristão. Sempre quando se menciona o nome de alguma entidade importante se volta à cabeça ao chão, à terra que é a origem e o fim de tudo que é vivo e orgânico. Louvamos a terra e não ao céu. O gesto de levar a mão ao chão e depois ao “Ori” para então beijar a mão novamente, nada mais é do que a representação de “bater cabeça”.
Muito bem. Deveria ser assim. Mas para a maioria das pessoas é um gesto convencional. Muitos praticam, mas não sabem seu significado. Prostram-se aos pés de pessoas que não respeitam, apenas para cumprir uma formalidade sem saber da importância e do significado de tal gesto.
Assim como o “bater cabeça” muitos outros gestos, símbolos e relações dentro dos Candomblés de Nação buscam preservar tradições que vão além do campo religioso. Isso porque religião, política, sociedade não se separava nas sociedades africanas Yorubás e Bantus. Assim como não deveria se separar em nenhuma sociedade, pois é na ética e dos valores religiosos que buscamos e inspiramos nossas atitudes sociais e políticas..

Fotografia: Robson Khalaf





OKÊ CABOCLOS...

JUNTOS VAMOS MAIS LONGE...



Vamos espalhar sabedoria, promover o que nos encanta, questionar paradigmas e contribuir.
Por um coletivo cada vez mais consciente através da informação.

JUNTOS VAMOS MAIS LONGE...

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

XANGÔ – O SENHOR DO FOGO OCULTO

XANGÔ – O SENHOR DO FOGO OCULTO

Na natureza qualquer energia só pode ser transformada se houver motivo justo para isso. É necessário que uma força chamada justiça atue para que seja dado o arranque na força da transformação. É a força da justiça que coordena toda a lei cármica que afere o nosso estado espiritual, ou seja, ajusta o padrão energético que é revelado nas formas e emanações da luz espiritual. É ainda chamada de força dirigente da alma e movimento de vibração da energia oculta.

XANGÔ é o fogo latente na pedra, e ao mesmo tempo, a própria pedra em que se buscam os seus atributos que são: rigidez, implacabilidade e estabilidade. Isto equivale a dizer que:

- não cede nem à flexão e nem à pressão
- julga de forma severa
- e finalmente estabelece a ordem tranquilizadora

Portanto esta vibração nos adverte que sua presença é necessária para que haja a verdadeira estabilidade e fortalecimento na alma, individual e universal.

Os símbolos que identificam esta falange são os machados de duplo corte, que significa a alma em busca de equilíbrio, e a balança que significa a justiça de OXALÁ. Esses símbolos carregam a força e o poder.

XANGÔ representa para o homem o SEGUNDO RAIO CÓSMICO-A SABEDORIA, que rege o chacra cardíaco.
O significado mágico do seu nome está na formação da palavra
XA = Senhor, Dirigente; ANGÔ= AG + NO = Fogo Oculto
GÔ = Raio, Alma.

Portanto, XANGÔ, equivale a SENHOR DO FOGO OCULTO, SENHOR OU DIRIGENTE DA CENTELHA DIVINA (a centelha que inicia o fogo).

É sobre esta linha de força espiritual que se agrupam todos os espíritos que coordenam a lei de causa e efeito, decorrente da lei cármica como alicerce do mundo, e se manifestam na forma de caboclos, mesmo com suas origens sejam orientais.


SUAS LEGIÕES:
1) XANGÔ KAÔ
2)XANGÔ ALAFIM
3)XANGÔ ALUFAM
4)XANGÔ AGODÔ
5)XANGÔ AGANJU
6) XANGÔ ABOMI
7)XANGÔ DJACUTÁ

domingo, 27 de setembro de 2015

OH NANÃ BURUQUÊ...

Oh Nanã buruquê
Os seus filhos lhe pedem
seus filhos imploram
Venha nos ajudar
E levar todo o mal
para a sua marola
Saravá Nanã aê
saravá Nanã êa
Saravá Nanã na beira do rio
Ô nas ondas do mar







MINHA MARIA É A: "PADILHA"

PAPO DE TERREIRO: POR QUE AO ENTRARMOS NO ESPAÇO SAGRADO TOCAMOS O CHÃO TRÊS VEZES?

PAPO DE TERREIRO:

POR QUE AO ENTRARMOS NO ESPAÇO SAGRADO 

TOCAMOS O CHÃO TRÊS VEZES?

Este hábito é de influência africana - nagô-, embora muitos o fazem sem saberem o significado. Segundo a cosmologia nagô existem nove espaços principais (planos) no além. 

Entre os quatro superiores e os quatro inferiores existem um plano intermediário que se localiza (exatamente) no espaço ocupado por nosso planeta; esse seria o plano astral terrestre. 

É através desse espaço que chegam à Terra os orixás e Ancestrais Ilustres vindos dos vários outros planos superiores. Assim, quando vamos louvar os orixás e falangeiros na Umbanda, ao chegarmos ao espaço sagrado do terreiro, tocamos três vezes o solo, Mentalizando nossos orixás de frente e adjunto, nossos guias e protetores. A interpretação simbólica de tocar três vezes; o três representa na cultura nagô ação, movimento, expansão… Tocar o solo três vezes é ainda o gestual que significa o “assim seja”, o cumpra-se.





PARA RENOVAR-NOS...



  • Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.
  • Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as conseqüências deles, a fim de retificar-se, como quem aproveita pedras para construção mais sólida.
  • Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-lo estão decepcionando a si mesmos.
  • Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.
  • Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.
  • Simplifique seus hábitos.
  • Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.
  • Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu beneficio com descrição e bondade.
  • Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.
  • Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.
ANDRÉ LUIZ
Mensagem: “Para Renovar-nos”
(Do livro “Coragem”, Francisco Cândido Xavier)

CURIOSIDADES O ATO DE BATER CABEÇA...

“Bate a cabeça, filhos de Umbanda,Bate a cabeça filhos de fé,
Pra você, que é filho de pemba,
Pra você, que é filho de fé,
Vamos bata essa cabeça e peça a Zambi o que quiser.

"Bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades."
O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como reconhecimento da submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento.
É nesse momento que você “entrega” ao seu Orixá sua cabeça pedindo à ele que limpe seus pensamentos, que faça de você um instrumento do bem para que possa praticar a caridade e lhe prepare para que a partir daquele momento tudo fique claro e que você consiga dar o melhor de si, sabendo distinguir cada coisa com sabedoria, sempre agradecendo a proteção que lhe é dada por ele. Pode também pedir ao Orixá que lhe ajude em determinada situação, claro que não se esquecendo do bom senso.
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades que são representadas tanto pelo congá como por pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião. A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios.




QUEM NÃO PODE COM MANDINGA NÃO CARREGA PATUÁ...


























Mandinga é o nome dado ao povo de uma tribo na costa africana onde hoje é a Etiópia.
Existe uma ligeira confusão de que a palavra Mandinga trata-se de feitiço. O porquê desta confusão é em virtude da seguinte e célebre frase: 

“quem não pode com mandinga não carrega patuá”.

No tempo da escravidão uma variedade de escravos de etnias diferentes foi trazida ao nosso continente entre eles “os mandingas”, quem eram negros do continente Africano no lado oriental da África.

Estes negros tinham como religião a muçulmana, que se baseia no alcorão. Eram instruídos e sabiam ler e escrever na língua arábica e cumpriam a risca os mandamentos do alcorão. Também eram submissos aos seus patrões, pois entediam que deveriam cumprir o destino a eles destinado por Alá. Assim ganhavam a confiança dos feitores das fazendas e tinham mais liberdades que os outros escravos e era sempre galgado ao posto de Capitão do mato, posto este que lhe davam o direito de caçar negros fujões.

Estes “Mandingas” carregam uma pequena bolsa de pano pendurado ao pescoço que davam o nome de “patuá”, e dentro dessa pequena bolsa havia uma página do alcorão, para que o mesmo pudesse fazer a oração diária.

Os outros negros observam que quando fugia um “Mandinga” e era encontrado por um capitão do mato também “Mandinga” nada acontecia com o mesmo. Então esses negros passaram a fazer um pequeno saco igual aos dos mandingas e o carregavam no pescoço. Quando fugiam imaginavam eles que nada lhes aconteceria, mas ledo engano, pois um mandinga quando encontrava outro abria o saco retirava a folha do Alcorão e lia o texto. Os outros negros não sabiam ler e colocavam dentro do patuá uma folha de papel qualquer. O Mandinga Capitão do Mato se revoltava e irado com o ocorrido matava o negro fujão.

Daí advém à frase: 
quem não pode com mandinga não carrega patuá”.  

Com a formação dos primeiros terreiros de Candomblé e depois de Umbanda e a possibilidade de um contato mais direto com diversas entidades espirituais, as pessoas que procuravam proteção começaram a encontrar nesses objetos sagrados um apoio (era algo material que continha à força mágica vibratória sempre consigo).

A partir de então, as entidades passaram a orientar a sua elaboração, indicando que objetos seriam incluídos na confecção do patuá e como se deveria proceder com eles para que recebessem o seu axé, ou seja, a força mágica.

Atualmente, o patuá é um objeto consagrado que traz em si o axé, a força mágica do Orixá, do santo católico ou guia de luz, a quem ele é consagrado.

CURIOSIDADES UMBANDA É PÉ NO CHÃO...




























Todo Umbandista já deve ter ouvido a frase “Umbanda é pé no chão”.  Mas será que todos sabem o porquê de ficarmos descalços em nossos terreiros?

São três motivos principais:

O primeiro é que o solo representa a morada dos nossos antepassados e quando estamos descalços tocando com os pés no chão estamos entrando em contato com estes ancestrais e, consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda.

O segundo motivo pelo qual tiramos os calçados é o respeito ao solo sagrado do terreiro. Imagine que vir da rua com os sapatos sujos e entrar com eles onde nossos trabalhos espirituais são realizados seria como alguém entrar em nossa casa carregando uma montanha de lixo que vai caindo e se espalhando por todos os cantos. Diante desta situação você diria o quê? No mínimo que essa tal pessoa não tem respeito por você ou pela sua casa.

O terceiro motivo é o fato de que naturalmente nós atuamos como “para-raios” e ao recebermos qualquer energia mais forte, se estivermos descalços sem nenhum material isolante entre nosso corpo e o chão, ela automaticamente se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule ou leve determinadas energias consigo.

Além de tudo isso podemos dizer também que realizar nossos trabalhos espirituais descalços é uma forma de representar a humildade e a simplicidade do Rito Umbandista.

Vale lembrar que no início este costume, nos cultos de origem africana, tinha outro significado. Os pés descalços eram um símbolo da condição de escravo, de “coisa”, uma vez que o escravo não era considerado um cidadão e estava, por exemplo, na mesma categoria do “gado bovino” das fazendas. Quando liberto a primeira coisa que o negro procurava fazer era comprar sapatos que eram o símbolo de sua liberdade e, de certa forma, faziam com que ele fosse incluso na sociedade formal. O significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que muitas vezes eles eram colocados em lugar de destaque na casa para que todos os vissem. No entanto, ao chegar ao terreiro, espaço que havia sido transformado magisticamente em solo africano, os sapatos tornavam-se novamente apenas um símbolo de valores da sociedade branca e eram deixados do lado de fora. Ali os negros sentiam-se de novo na África e podiam retornar à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc.

UMA IMAGEM...


JÁ DIZIA UM VELHO SÁBIO...


MUITA GENTE...


SALVE AS CRIANÇAS SALVE IBEJADA...

SALVE AS CRIANÇAS!!!
SALVE IBEJADA!!!
Na tradição iorubana Ibeji é um orixá cuja palavra significa "Parir dois" ou "Gestação dupla", indicando, pois, o nascimento de gêmeos. A primeira criança a nascer recebe o nome de Táiwò que significa "Aquele que vai conhecer a vida" ou "Primeiro a chegar", apesar de ser o primeiro a nascer é considerada a mais nova. "Segundo a chegar": é a criança mais velha, embora nasça depois, isto é, a segunda criança a nascer é espiritualmente mais velha e, portanto, hierarquicamente superior à que nasceu antes dela.
Se a mãe dos gêmeos tiver outro parto, posteriormente a este, a terceira criança receberá o nome de Ìdòwú e, como seu nome indica, será considerada um elemento de equilíbrio das crianças Ibeji. No Brasil, especificamente na religião de Umbanda, Ibeji é sincretizado com Cosme e Damião, santos do panteão católico, sempre acompanhado de seu irmão menor, Doún, palavra que é corruptela de Ìdówù – nome atribuído pelos iorubás ao primeiro filho nascido após parto de gêmeos.
Ibeji protege a morte prematura, acalma o sofrimento material e espiritual dos seus devotos, orienta o ori daquelas crianças ou jovens que morrem antes de chegar à idade adulta, para que trilhe corretamente os seus caminhos. Atrai o progresso econômico e desenvolvimento espiritual, harmoniza os aspectos materiais e espirituais da existência, proporciona sentimento de paz, tranquilidade, serenidade e confiança, favorece a fertilidade e transforma lágrimas em sorrisos.
É associado à duplicidade, por exemplo, entre o existir e o não existir, o fazer e o não fazer.
As pessoas passam a adquirir características ao cultuar Ibeji como boa saúde, calma, alegria, jovialidade, sociabilidade, confiança, esperança, lealdade, comunicabilidade, versatilidade ( tendência de abraçar diversas atividades ao mesmo tempo) e apreço a música e dança.
Os símbolos são duas estátuas esculpidas – uma figura masculina e outra feminina – representando gêmeos e búzios. As crianças gêmeas são consideradas uma representação física de Ibeji.
Fonte: EXU E A ORDEM DO UNIVERSO
Ed. Oduduwa

OKÊ OXÓSSI...




TRÊS PEQUENAS HISTÓRIAS...


SR. MELIADES...


HOJE É DIA DE COSME E DAMIÃO VOCÊ CONHECE A ORAÇÃO...

                                                         
Foto de Rádio Globo.
· 
A HORA É AGORA - 

Hoje é dia de Cosme e Damião, você conhece a oração de Cosme e Damião, veja aqui:

São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos 
semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. 
Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da 

consciência tranquila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção 

conserve meu coração simples e sincero, para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: "Deixai vir a mim os 

pequeninos, porque deles é o Reino do Céu". São Cosme e Damião, rogai por nós. Amém. 

EU, QUERO ENTRAR COM ESSA ROUPA BRANCA SUJA DE SANGUE NO CÉU, PARA MOSTRAR PARÁ OXALÁ...

Foto de TUOD Tenda de Umbanda Ogum Delê.

TUOD Tenda de Umbanda Ogum Delê (Direitos Reservados)


Povo De Umbanda!

Uma pequena menina, foi levada pela tia á um terreiro, 
de umbanda numa festa de Cosme e Damião e lá, 
vendo, 
os guias manifestados, se encantou com aquele, 


ambiente religioso,

Chegando em casa ela falou com os pais assim: “Pai 
deixa eu ser da Umbanda ?” 
O Pai e a mãe disseram: “De jeito nenhum, isso é coisa 
do diabo” 
E por toda a semana a jovem menina tanto insistiu que 
por fim os pais falaram:
“Quer ser desta seita do diabo?, pode ser mas com, 
uma condição, todo o culto que você for, quando você, 
chegar em casa você vai tomar uma surra pará afastar,
"coisas ruins" que virão com você!
Então ela falou “Tudo bem, eu aceito”.
E assim começou o calvário daquela jovem menina, ia, 
pro culto chegava em casa uma surra, ia pro culto, 
novamente, chegava em casa, outra surra,
Um dia sua tia que a levou ao terreiro lhe deu uma,
blusa e saia brancas para que se vestisse como todos 
na casa, 
neste dia a menina estava radiante e muito feliz com 
sua roupa branca, dançou e cantou várias cantigas na 
frente do, 
altar sozinha e bateu cabeça ao seu Pai de Santo, que, 
carinhosamente chamava de “Padrinho”, mesmo, 
sabendo que, 
apanharia de seu pai biológico quando chegasse em 
sua casa...
No término do culto o pai da menina chegou bêbado, 
pegou a menina pela mão e a espancou muito diante 
do, 
terreiro, 
e não satisfeito jogou-a no chão com força, desta, 
forma, batendo a cabeça dela no meio fio e a, 
machucando, 
mortalmente,
Prenderam o pai da menina, enquanto a tia e o Pai de 
Santo pegaram a menina e a colocaram em um banco, 
tiraram, 
sua roupa branca e lhe enrolaram em lençóis, 
enquanto, 
ela ameaçava perder a consciência, naqueles 
instantes, 
quando lhe voltava a consciência, ela falava:
”Padrinho cadê minha roupa branca?”
O Pai de Santo já chorando lhe falou:
“Esquece sua roupa branca minha filha, ela tá toda 
suja 
de sangue, fica firme, aguenta que os médicos estão 
chegando”
As vezes ela apagava, as vezes se acordava de novo e 
falava:
“Tia... Padrinho..., me dá a minha roupa branca, eu 
quero a minha roupa branca” ; e eles falavam:
“Esqueça sua roupa branca filha, ela tá toda suja de, 
sangue” ;e isso aconteceu umas cinco vezes; na 
quinta, 
vez que, 
aconteceu isso, a menina falou :
“Padrinho, padrinho eu estou vendo oxalá ali em pé, e 
ele está me dizendo que vai me levar agora, por favor, 
por tudo, 
o que é mais sagrado, me dá a minha roupa branca”
O Pai de Santo extremamente abalado foi lá dentro do, 
terreiro, pegou a roupinha branca da menina toda, 
ensanguentada e lhe entregou nas mãos, ela abraçou, 
sua roupa branca com todo carinho, só de calcinha e, 
foi, 
fechando os olhinhos pela última vez nessa terra, nisto 
o Pai de Santo lhe perguntou,
“Mas por que você quer tanto essa roupinha branca 
minha filha?”
E as últimas palavras da menina foram:
Eu quero entrar com essa roupa branca suja de sangue 
no céu, para mostrar para Oxalá, que assim como um 
dia, 
ele, 
sangrou por mim, eu também sangrei por ele”.

sábado, 26 de setembro de 2015

UMA SINGELA HOMENAGEM AS NOSSAS QUERIDAS E AMADAS CRIANÇAS DA UMBANDA...

FICOU UM GOSTINHO DE QUERO MAIS, 
QUANDO TUDO, TUDO TRANSCORRE DA MELHOR 
FORMA POSSÍVEL SEMPRE FICA UM,
GOSTINHO DE QUERO MAIS, 
SÓ TEMOS QUE AGRADECER A TODOS QUE 
PARTICIPARAM,
DESSA SINGELA HOMENAGEM, 
QUE FOI REALIZADA COM TODO AMOR E CARINHO,
DE TODO CORAÇÃO DEDICADO AS NOSSAS 
QUERIDAS E AMADAS CRIANÇAS DA UMBANDA, 
SALVE SÃO COSME, SÃO DAMIÃO E DOUM,
QUE AS BENÇÃOS DAS CRIANÇAS RECAIAM EM 
CADA CASA, 
EM CADA LAR, 
TRAZENDO SAUDÊ, PAZ E PROSPERIDADE,
CONSERVANDO SEMPRE A ''HARMONIA''
QUE DEVE, 
E TEM QUE EXISTIR NO SEIO DE CADA FAMÍLIA...


Ele foi doutor, ele me curou, ele me curou!
Numa brincadeira que ele brincou que ele brincou!
Ele foi doutor, ele me curou, ele me curou!
Numa brincadeira que ele brincou que ele brincou!
Eram três crianças, eu me lembro bem!
No terreiro em festa, eu me lembro bem!
Vieram, de um a um!
Era Cosme, Damião e Doum!
Vieram, de um a um!
Era Cosme, Damião e Doum!